segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Esses parentes...

     Um meio parente meu, do interior de São Paulo, visita pela primeira vez a capital em meados da década de 30. Vai, é claro, visitar a maior atração turística da cidade: o arranha-céu Martinelli. No saguão de entrada, aproximando-se do elevador, ouve o ascensorista perguntar-lhe:
     " Em que andar o Senhor quer ir?"  Sem hesitar, respondeu:
     " Quarqué um qui num seja o trote."
             
                                                              Gerard Genette. Mortos de rir. In: Folha de S. Paulo. 18 nov 2001, p.6

Continho

     Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho. Na soalheira danada de meio-dia, ele estava sentado na poeira do caminho, imaginando bobagem, quando passou um vigário a cavalo.
     __ Você aí menino, para aonde vai essa estrada?
     __ Ela não vai não: nós é que vamos nela.
     __ Engraçadinho duma figa! Como você se chama?
     __ Eu não me chamo não, os outros é que me chamam de Zé.
                                                    Paulo Mendes Campos.Para gostar de ler. SP,1999.


 
                             
   

Confusão no comércio de seu Pedro

  Em um pequeno vilarejo, longe da cidade grande, surge um senhor chamado Pedro e abre um comércio, intrigando os moradores, que já começaram a cochichar:
  __ Quem será?
  __ De onde vem? E assim foi...
  Num bate papo entre duas senhoras uma pergunta:
  __ Será que ele vende alimentos?
  E a outra responde:
  __ Vende! e "vende mustardas" que tu tanto querias!
 Nisso, passa uma outra senhora que não aguentava de tanta curiosidade, para saber de onde era aquele sujeito e escutou, "vende mustardas" e daí a confusão estava feita, pois saiu espalhando o que escutou por toda vizinhança, causando uma grande confusão.
 Seu Pedro ao sair nas ruas, percebia os olhares, os risos e pensava:
 __ O que está acontecendo, que tantos sorrisos, acho que estou agradando!
 __ No entanto, ninguém se encorajou de perguntar como estava o povo de Mostardas já que ele "tinha vindo de lá", segundo a faladeira.

                                                                      Liziane

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Eu nasci a dez mil anos atrás


      Pensamos que esta música e letra  refletem a possibilidade de contar a história de diversas formas. Além disso, prova que é possível fazer uma leitura do mundo e da vida através de muitos meios. Achamos que esta música resume muito a história da humanidade e observamos para o fato de que, nos dias atuais, são raras as músicas que realmente transmitem uma história  ou uma mensagem.

Assista ao vídeo ciclando aqui

LETRA

Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás

Um dia, numa rua da cidade, eu vi um velhinho sentado na calçada
Com uma cuia de esmola e uma viola na mão
O povo parou pra ouvir, ele agradeceu as moedas
E cantou essa música, que contava uma história
Que era mais ou menos assim:

Eu nasci há dez mil anos atrás
e não tem nada nesse mundo que eu não saiba de mais (2x)

Eu vi Cristo ser crucificado
O amor nascer e ser assassinado
Eu vi as bruxas pegando fogo pra pagarem seus pecados,
Eu vi,
Eu vi Moisés cruzar o mar vermelho
Vi Maomé cair na terra de joelhos
Eu vi Pedro negar Cristo por três vezes diante do espelho
Eu vi,

Eu nasci
(eu nasci)
Há dez mil anos atrás
(eu nasci há dez mil anos)
E não tem nada nesse mundo que eu não saiba de mais (2x)

Eu vi as velas se acenderem para o Papa
Vi Babilônia ser riscada do mapa
Vi conde Drácula sugando o sangue novo
e se escondendo atrás da capa
Eu vi,
Eu vi a arca de Noé cruzar os mares
Vi Salomão cantar seus salmos pelos ares
Eu vi Zumbi fugir com os negros pra floresta
pro quilombo dos palmares
Eu vi,

Eu nasci
(eu nasci)
Há dez mil anos atrás
(eu nasci há dez mil anos)
E não tem nada nesse mundo que eu não saiba demais (2x)

Eu vi o sangue que corria da montanha
quando Hitler chamou toda a Alemanha
Vi o soldado que sonhava com a amada numa cama de campanha
Eu li,
Eu li os simbolos sagrados de Umbanda
Eu fui criança pra poder dançar ciranda
E, quando todos praguejavam contra o frio,
eu fiz a cama na varanda

Eu nasci
(eu nasci)
Há dez mil anos atrás
(eu nasci há dez mil anos atrás)
E não tem nada nesse mundo que eu não saiba demais

Não, não porque
Eu nasci
(eu nasci)
Há dez mil anos atrás
(eu nasci há dez mil anos atrás)
E não tem nada nesse mundo que eu não saiba demais
Não, não

Eu tava junto com os macacos na caverna
Eu bebi vinho com as mulheres na taverna
E quando a pedra despencou da ribanceira
Eu também quebrei a perna
Eu também,
Eu fui testemunha do amor de Rapunzel
Eu vi a estrela de Davi brilhar no céu
E praquele que provar que eu tou mentindo
eu tiro o meu chapéu

Eu nasci
(eu nasci)
Há dez mil anos atrás
(eu nasci há dez mil anos atrás)
E não tem nada nesse mundo que eu não saiba demais

Retirado de:http://www.vagalume.com.br/raul-seixas/eu-nasci-ha-dez-mil-anos-atras.html#ixzz157P3Hbmm

domingo, 7 de novembro de 2010

Formação literária do professor: nunca é tarde para gostar de ler .

Formação literária do professor: nunca é tarde para gostar de ler |
                            Paciência e perseverança tem o efeito
mágico de fazer as dificuldades desaparecerem e os obstáculos sumirem.
                                    John Q. Adms

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

"...Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na igreja ou na escola, de um modo ou de muitos todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, para ensinar, para aprender-e-ensinar. Para saber, para fazer, para ser ou para conviver, todos os dias misturamos a vida com a educação..."

                                                            IN: BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é a educação