segunda-feira, 13 de dezembro de 2010






http://millaborges.blogspot.com/2010/09/ode-silenciosa-solidao.html


Ouvir a música nos remete a uma certa nostalgia, lembrança de algo que já passou e não voltará mais quem sabe... saudades...


segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A poesia na sala de aula...





     A linguagem poética é aquela que mais tem expressividade. O aluno identifica-se muito mais com a poesia porque, acostumado com as possibilidades da língua oral, sabe que este tipo de texto permite-lhe dar continuidade à visão globalizante, uma vez que a poesia origina-se como um todo e não em partes conforme afirma PAZ apude CUNHA, 2002.
   Desde que inicia o processo de aquisição da linguagem, a criança diverte-se com a sonoridade das sílabas e das palavras, cria imagens que são verdadeiras criações poéticas, enfim, sua relação com a linguagem é afetiva e prazerosa. Porém, ingressando na escola é forçado a abandonar essa relação lúdica, porque os privilégios são para a língua escrita e o dialeto padrão, deixando em segundo plano a linguagem oral e o dialeto do educando. A visão do mundo emocional e globalizado começa a perder-se, dado que a leitura é feita numa ordem linear apenas. Enquanto as diferentes formas de linguagem possibilitam à criança a ordenação de suas vivências.
   É importante para a criança trabalhar com poesia, uma vez que ela descobre a possibilidade de criar novas linguagens e, para o educador, que ao perceber a transformação de sua sala em campo de descoberta, da invenção e da fantasia, sente-se profundamente gratificado. Uma das principais tarefas do educador é aperfeiçoar e ampliar a capacidade linguística do educando, aspecto decisivo para um bom desempenho em todas as áreas do conhecimento. Por esse motivo, a presença do gênero "poesia" na lista de conteúdos é de fundamental importância, sendo um excelente auxiliar do professor.
   A escola também deve ser o local da poesia. Nela o aluno deverá ter acesso à brincadeira com as palavras, seus sons, significados e formas. Porém, atualmente, a prática da leitura de poesias está um pouco esquecida, principalmente nas séries iniciais, privando os alunos dessa experiência, os educadores esquecem que o discente só cria hábito se este, for iniciado desde muito cedo. O objetivo não é transformá-los em  grandes escritores de poemas, mas em leitores aptos a interpretar e compreender esse "mundo "apresentado através da poesia.
  Assim, todas as estratégias capazes de despertar sensibilidade na criança e no adolescente para a poesia são válidas. Por isso, é importante que ela seja trabalhada frequentemente para que ocorra  interesse pelos textos poéticos.
  A poesia vem qualificar a ação pedagógica e alargar os horizontes do mundo escolar, de maneira a formar alunos-leitores e, consequentemente, auxiliá-los no desenvolvimento das habilidades de fala, leitura e escrita. A poesia instiga um bom trabalho, quando aplicada de forma a atender as expectativas dos educandos, pois conforme Abaurre, 2008: " Ler poesia significa estar disposto a realizar um exercício contínuo de reflexão sobre imagens e metáforas para buscar o seu significado primeiro, para descobrir o que elas representam".

Tem tudo a ver

A poesia
Tem tudo a ver
Com as tuas dores e alegrias,
Com as cores, as formas, os cheiros,
Os sabores e a música
Do mundo.
A poesia
Tem tudo a ver
Com o sorriso da criança,
O diálogo dos namorados,
As lágrimas diante da morte,
Os olhos pedindo pão.

A poesia
Tem tudo a ver
Com a plumagem,
O voo e o canto do pássaro,
A veloz acrobacia dos peixes,
As cores todas do arco-íris
O ritmo dos rios e cachoeiras,
O brilho da lua, do sol e das estrelas,
A explosão em verde, em flores e frutos.
A poesia
___ é só abrir os olhos e ver ___
Tem tudo a ver
Com tudo.


                                        Elias José


                                                                                                 

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Esses parentes...

     Um meio parente meu, do interior de São Paulo, visita pela primeira vez a capital em meados da década de 30. Vai, é claro, visitar a maior atração turística da cidade: o arranha-céu Martinelli. No saguão de entrada, aproximando-se do elevador, ouve o ascensorista perguntar-lhe:
     " Em que andar o Senhor quer ir?"  Sem hesitar, respondeu:
     " Quarqué um qui num seja o trote."
             
                                                              Gerard Genette. Mortos de rir. In: Folha de S. Paulo. 18 nov 2001, p.6

Continho

     Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho. Na soalheira danada de meio-dia, ele estava sentado na poeira do caminho, imaginando bobagem, quando passou um vigário a cavalo.
     __ Você aí menino, para aonde vai essa estrada?
     __ Ela não vai não: nós é que vamos nela.
     __ Engraçadinho duma figa! Como você se chama?
     __ Eu não me chamo não, os outros é que me chamam de Zé.
                                                    Paulo Mendes Campos.Para gostar de ler. SP,1999.


 
                             
   

Confusão no comércio de seu Pedro

  Em um pequeno vilarejo, longe da cidade grande, surge um senhor chamado Pedro e abre um comércio, intrigando os moradores, que já começaram a cochichar:
  __ Quem será?
  __ De onde vem? E assim foi...
  Num bate papo entre duas senhoras uma pergunta:
  __ Será que ele vende alimentos?
  E a outra responde:
  __ Vende! e "vende mustardas" que tu tanto querias!
 Nisso, passa uma outra senhora que não aguentava de tanta curiosidade, para saber de onde era aquele sujeito e escutou, "vende mustardas" e daí a confusão estava feita, pois saiu espalhando o que escutou por toda vizinhança, causando uma grande confusão.
 Seu Pedro ao sair nas ruas, percebia os olhares, os risos e pensava:
 __ O que está acontecendo, que tantos sorrisos, acho que estou agradando!
 __ No entanto, ninguém se encorajou de perguntar como estava o povo de Mostardas já que ele "tinha vindo de lá", segundo a faladeira.

                                                                      Liziane

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Eu nasci a dez mil anos atrás


      Pensamos que esta música e letra  refletem a possibilidade de contar a história de diversas formas. Além disso, prova que é possível fazer uma leitura do mundo e da vida através de muitos meios. Achamos que esta música resume muito a história da humanidade e observamos para o fato de que, nos dias atuais, são raras as músicas que realmente transmitem uma história  ou uma mensagem.

Assista ao vídeo ciclando aqui

LETRA

Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás

Um dia, numa rua da cidade, eu vi um velhinho sentado na calçada
Com uma cuia de esmola e uma viola na mão
O povo parou pra ouvir, ele agradeceu as moedas
E cantou essa música, que contava uma história
Que era mais ou menos assim:

Eu nasci há dez mil anos atrás
e não tem nada nesse mundo que eu não saiba de mais (2x)

Eu vi Cristo ser crucificado
O amor nascer e ser assassinado
Eu vi as bruxas pegando fogo pra pagarem seus pecados,
Eu vi,
Eu vi Moisés cruzar o mar vermelho
Vi Maomé cair na terra de joelhos
Eu vi Pedro negar Cristo por três vezes diante do espelho
Eu vi,

Eu nasci
(eu nasci)
Há dez mil anos atrás
(eu nasci há dez mil anos)
E não tem nada nesse mundo que eu não saiba de mais (2x)

Eu vi as velas se acenderem para o Papa
Vi Babilônia ser riscada do mapa
Vi conde Drácula sugando o sangue novo
e se escondendo atrás da capa
Eu vi,
Eu vi a arca de Noé cruzar os mares
Vi Salomão cantar seus salmos pelos ares
Eu vi Zumbi fugir com os negros pra floresta
pro quilombo dos palmares
Eu vi,

Eu nasci
(eu nasci)
Há dez mil anos atrás
(eu nasci há dez mil anos)
E não tem nada nesse mundo que eu não saiba demais (2x)

Eu vi o sangue que corria da montanha
quando Hitler chamou toda a Alemanha
Vi o soldado que sonhava com a amada numa cama de campanha
Eu li,
Eu li os simbolos sagrados de Umbanda
Eu fui criança pra poder dançar ciranda
E, quando todos praguejavam contra o frio,
eu fiz a cama na varanda

Eu nasci
(eu nasci)
Há dez mil anos atrás
(eu nasci há dez mil anos atrás)
E não tem nada nesse mundo que eu não saiba demais

Não, não porque
Eu nasci
(eu nasci)
Há dez mil anos atrás
(eu nasci há dez mil anos atrás)
E não tem nada nesse mundo que eu não saiba demais
Não, não

Eu tava junto com os macacos na caverna
Eu bebi vinho com as mulheres na taverna
E quando a pedra despencou da ribanceira
Eu também quebrei a perna
Eu também,
Eu fui testemunha do amor de Rapunzel
Eu vi a estrela de Davi brilhar no céu
E praquele que provar que eu tou mentindo
eu tiro o meu chapéu

Eu nasci
(eu nasci)
Há dez mil anos atrás
(eu nasci há dez mil anos atrás)
E não tem nada nesse mundo que eu não saiba demais

Retirado de:http://www.vagalume.com.br/raul-seixas/eu-nasci-ha-dez-mil-anos-atras.html#ixzz157P3Hbmm

domingo, 7 de novembro de 2010

Formação literária do professor: nunca é tarde para gostar de ler .

Formação literária do professor: nunca é tarde para gostar de ler |
                            Paciência e perseverança tem o efeito
mágico de fazer as dificuldades desaparecerem e os obstáculos sumirem.
                                    John Q. Adms

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

"...Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na igreja ou na escola, de um modo ou de muitos todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, para ensinar, para aprender-e-ensinar. Para saber, para fazer, para ser ou para conviver, todos os dias misturamos a vida com a educação..."

                                                            IN: BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é a educação