domingo, 16 de janeiro de 2011

Reescrita - A cartomante

    
                                                                 A cartomante   Hamlet observa a Horácio que há mais coisas no céu e na terra do que sonha a nossa filosofia. Era a mesma explicação que dava a bela Isabel ao moço Manuel, num sábado de janeiro de 2011, quando este ria dela, por ter ido na véspera consultar uma cartomante que estava hospedada no Hotel São Luiz, em frente a farmácia da dona Silvina, hotel da tia Lurdes Santos; a diferença  é que fazia por outras palavras.
      __ Pode rir! Os homens são assim, discrentes. Pois saiba que fui, e que ela adivinhou o motivo de minha ida, antes mesmo que eu lhe dissesse. Logo que começou a botar as cartas, disse-me: " A moça gosta de uma pessoa..." Confessei que sim, e então ela continuou, combinou as cartas, e no fim disse-me que eu tinha medo de que você me esquecesse, mas que não era verdade..."
      __ Errou! interrompeu Manuel, rindo.
      __ Não diga isso Manuel. Se você soubesse como isso me causa gastura, fui até pedir um remedinho para o doutor Ricardo. Você sabe; não ria de mim, não ria...
     Manuel pegou-lhe nas mãos, e olhou sério para ela. Jurou que lhe queria muito e que a melhor cartomante era ele mesmo quando sentisse alguma desconfiança. Após, chamou sua atenção dizendo-lhe que era arriscado andar pelo hotel, após as propagandas divulgadas na motinho do Alexandre, que Madame  Sofia estaria atendendo para resolver qualquer problema. Sabe que há muitas faladeiras...Joaquim podia ficar sabendo, e aí...
     __ Capaz! Fui cautelosa ao entra no hotel.
     __ Onde é o hotel? Pois, ando pouco pelo centro e ainda não estou muito familiarizado, apesar de pequena não gosto muito de sair as ruas. Como bem sabes, desde que cheguei prefiro o aconchego de minha casa. E cidade pequena, sabe como é ... em todo lugar é assim , quem não é visto não é lembrado!
     __ Fica ao lado da Loja Stylus, pertinho do bar do Gordo; Tomei todos os cuidados e fui justamente na sexta-feira de tarde porque a cidade está limpa, com esse calor todos se vão para a praia, sobra só a cachorrada. Fica frio; eu sou precavida.
      Manuel riu outra vez:
     __ Você acredita mesmo nessas coisas Isabel?
     Foi então que ela, sem saber que traduzia Hamlet  em vulgar, pois não havia concluído o ensino médio porque brigou  com a diretora Zilda, foi embora e lá fez o supletivo para concluí-lo, disse-lhe que havia muita coisa misteriosa e verdadeira neste mundo. Se ele não acreditava, paciência; mas o certo é que a cartomante adivinhara tudo. Que mais? A prova é que ela agora estava tranquila e satisfeita.
    Cuido que ele ia falar, mas reprimiu-se. Não queria arrancar-lhe as ilusões. Também ele quando criança , e ainda depois de moço, foi superticioso teve um arsenal inteiro de crendices, que a mãe, dona Ita, lhe incutiu e que aos vinte anos desapareceram ficando só o tronco da religião. Manuel não acreditava em nada, contentou-se em levantar os ombros, e foi andando.
    Separam-se contentes, ele mais que ela. Isabel estava certa de ser amada; Manuel estava lisonjeado ao ver que ela arriscava-se correr à cartomante por ele. A casa do encontro era no final  da Rua Bento Gonçalves, próximo do parque da Ovearte, onde morava uma amiga de Isabel e não havia moradores por perto. Manuel saiu primeiro no seu Corsa 2008, e Isabel saiu após uns minutos no seu Ford Fiesta vermelho, presente de Joaquim no natal passado.
     Joaquim, Manuel e Isabel, três nomes, uma aventura, e nenhuma explicação das origens. vamos a ela. Os dois primeiros eram amigos de infância. Joaquim seguiu carreira de magistrado. Manuel entrou no funcionalismo, contra a vontade do pai, que queria vê-lo médico, mas reprovou em quatro vestibulares, inclusive no da ULBRA, pois passava as tardes jogando sinuca, e para sua alegria o pai faleceu, e Manuel passou a fazer o que gostava, ou seja, não fazer nada, até que a mãe incomodada com tanta vadiagem arranjou-lhe um emprego na prefeitura, o que não foi difícil, pois tinha uma relação muito estreita com o prefeito. No início de 2010, voltou Joaquim da capital, onde casara-se com uma dama linda e dotada de muita formosura, porém, banza. Veio trabalhar como advogado, pois ouvira que a Madem iria fechar, então várias causas poderiam surgir, vamos que a empresa não pagasse os direitos corretamente, seria um prato cheio, além dos vários casos de infidelidade de granjeiros que engravidam moças solteiras, que o fazem propositadamente para arrancar-lhes uma gorda pensão. Manuel arranjou-lhe casa para os lados da Bento Gonçalves, dois andares, residência do então falecido senhor Zé da Cachaça.
     ___ É o senhor? exclamou Isabel, estendendo-lhe a mão. Não imagina como meu marido é seu amigo; falava sempre do senhor.
    __ Manuel e Joaquim olharan-se com ternura. Eram amigos deveras. Depois, Manuel confessou de si para si que a mulher do Joaquim não desmentia as cartas do marido. Realmente, era um tremendo mulherão... Era um pouco mais velha que ambos: contava trinta anos, Joaquim vinte e nove e Manuel vinte e seis. Entretanto, o porte grave de Joaquim devido, que sabe a profissão,  fazia-o parecer mais velho que a mulher, enquanto Manuel era ingênuo na vida moral e prática, pois fazia pouco tempo que havia retornado , também, de Porto Alegre, já que foi para estudar aos doze anos e poucas vezes veio para visitas, quem as fazia eram os pais. Porém, com o pai falecido  retornou à Mostardas em meados de setembro de 2010. Para Manuel faltava-lhe tanto a ação do tempo, como os óculos de cristal, que a natureza põe no berço de alguns para adiantar os anos, por isso, nem experiência, nem intuição e muito menos vontade... já que os pais eram muito bem de vida.
     Uniram-se os três.  Convivência trouxe intimidade. No final de outubro morreu a mãe de Manuel, dona Ita,  com a qual ele morava. A vizinhança achava-o muito estranho, saía só para trabalhar e no trabalho era esquisito pouco conversava com os colegas, só o necessário, as meninas da repartição comentaram que ele só podia ser "gay". Enfim, nesse acontecimento, Joaquim e Isabel mostraram-se grandes amigos amigos de Manuel. Joaquim cuidou do enterro, contatou com o Maurício da funerário, enfim cuidou de tudo, inclusive do inventário; Rita tratou especialmente do coração, e ninguém o faria melhor.
    Como o caso começou, não soube nunca, ou ao menos fingia não saber... A verdade que gostava de passar as horas ao lado dela; era sua enfermeira moral, quase uma irmã, mas era mulher e bonita, tinha o cheiro de fêmea: eis o que ele aspirava nela, para incorporá-lo em si próprio. Liam os mesmos livros, iam juntos a Casa de Cultura, onde ficava a biblioteca municipal, e onde Isabel fizera  amizade com Kadichare, a atendente da biblioteca, que morava lá pelas bandas do Prado, próximo a Ovearte, um lugar descampado. Assim, Isabel passou a levá-la para casa, pois era muito distante para andar nesse sol do meio-dia,  assim, ao perceberem que tinham muitas afinidades tornaram-se grandes amigas. Manuel, ainda, lhe ensinou as damas e o xadrez e jogavam às noites, enquanto Joaquim cuidava de suas causas, e impostos de renda retido na fonte...ela jogava mal, Manuel no entanto para ser agradável, pouco menos mal.
    A partir daí as coisas. Agora a ação da pessoa, os olhos teimosos de Isabel, que procuramvam muitas vezes os dele, as atitudes insólitas, as mãos frias. No aniversário de Manuel dia 18 de novembro, recebeu de Joaquim uma bengala de presente, e de Isabel apenas um cartão a lápis marcando um encontro na casa de Kadichare, foi então que ele pode ler no próprio coração. Não conseguia arrancar os olhos do bilhetinho. Era um bilhete vulgar, mas sublime, ou pelo menos deleitoso. O velho Corsa, nesse momento, vale o carro de Apolo. Assim é o homem, assim são as coisas que o cercam.
    Manuel quis fugir, mas não conseguiu. Isabel como uma serpente foi-se acercando dele, envolveu-o todo, fez-lhe estalar os ossos num espasmo, e pingou-lhe o veneno na boca. Ele ficou atordoado e dominado. Vexame, sustos, remorsos, desejos, tudo estava  misturado, mas a batalha foi curta e a vitória delirante.  Foi-se os escrúpulos! Não demorou para que o sapato se acomodasse ao pé, e aí foram ambos, estrada a fora, sem padecer nada mais que algumas saudades, quando estavam ausentes um do outro. A confiança e estima de Joaquim continuavam a ser as mesmas.
    Um dia, porém, recebeu Manuel uma carta anônima, que lhe chamava de imoral e traidor, e dizia que aventura era sabida de todos. Manuel teve medo, e, para desviar as suspeitas, começou a diminuir as visitas à casa de joaquim. Este notou-lhe as ausências. Manuel respondeu que o motivo era uma paixão frívola de rapaz. Inocência gerou astúcia. As ausências prolongaram-se, e as visitas cessaram-se inteiramente.
   Foi por esse tempo que Isabel, desconfiada e medrosa, correu à cartomante para consultá-la, aproveitando a sua temporada na cidade,  sobre a verdadeira causa do procedimento de Joaquim. Vimos que a cartomante restituiu-lhe a confiança, e que o rapaz repreendeu-a por ter feito o que  fez," não sabes que cidade pequena tudo é motivo". Correram ainda alguns dias. Manuel recebeu mais duas ou três cartas anônimas, tão apaixonadas, que não podiam ser advertência da virtude, mas despeito de algum pretendente, tal foi a opinião de Isabel, que, por outras palavras mal compostas, formulou este pensamento: __ a virtude é preguiçosa e avara, não gasta tempo e nem papel; só o interesse é ativo e pródigo.
      Nem por isso Manuel ficou mais sossegado; temia que o anônimo fosse ter  com Joaquim, e a catástrofe viria então sem remédio. Isabel concordou que era possível.
     __ Bem, disse ela; levo os sobrescrito para comparar a letra com as das cartas que lá aparecerem; se alguma for igual, guardo-a e rasgo-a...
    No entanto nenhuma apareceu, mas Joaquim a algum tempo começou a mostrar-se sombrio, falando pouco, como desconfiado. Isabel contou o acontecido ao amante, e sobre isso trocaram ideias. A opinião de Isabel é que Manuel deveria  voltar a frequentar a casa deles, sondar o marido, e pode ser até que ouvisse a confidência de algum negócio  particular. Manuel achava que não; voltar após tanto tempo depois, era confirmar a denúncia. O importante no momento era acautelaram-se  e sacrificaram-se por alguns dias. Combinaram como corresponderem-se, em caso de necessidade, pois o celular era  muito arriscado e muito menos por imail.
    No dia seguinte, estando Manuel na repartição recebeu este bilhete de Joaquim: " Vem já, já á nossa casa; preciso falar-te sem demora". Era mais de meio-dia, naquela manhã o prefeito  atrasou-se devido uma reunião com o secretário de educação. Camilo saiu  na rua, pensou que teria sido mais natural chamá-lo ao escritório; por  que em casa? Talvez porque fosse já passado de meio dia,  já que Joaquim diz estar com pressa, melhor ir logo, mesmo. Quando percebe a gravidade da situação, cai em desespero. Com certeza Joaquim havia descoberto  tudo e desejava matá-lo, sorriu amarelo tentou se acalmar. Pensou em falar com padre Nilton, mas o mesmo estava de férias e padre Peterson tinha ido à Tavares. Foi até a farmácia da Sávia porque a Agafarma estava fechada para comprar uma água de melissa rótulo azul, pois a Leda do Paulo diz que é a melhor, já não lembro se é azul mesmo ou verde a melhor. Atravessa a Praça Luiz Martins, pois tinha esquecido o carro no estacionamento da prefeitura.  Encontra-se com Lizandro da Litoral Remates, cumprimenta-o e segue para farmácia. Ao sair lhe chama a atenção a Loja Stylus, a qual Isabel falara que ficava ao lado do hotel... Pensou em ir para casa poderia haver algum recado de Isabel, que lhe explicasse tudo. Não achou nada, nem ninguém. Voltou à rua. A ideia de estarem descobertos parecia-lhe cada vez mais verossímel, era natural uma denúncia anônima, pois haviam facilitado muito, em cidade pequena as pessoas se ocupam de cuidar todos os gestos e atitudes das pessoas. Assim ficou fácil perceber que havia algo entre o casal que passavam muito tempo juntos. Podia ser que Joaquim conhecesse  agora tudo. 
    Manuel ia andando nervoso, a água de melissa não fez efeito. Olhou para o bilhete, a letra então parecia trêmula, é, ele havia descoberto e esperava-o para matá-lo. Era perto de uma hora da tarde, havia até esquecido de ir almoçar no Kica, o que fazia habitualmente. A comoção crescia de minuto a minuto. Positivamente tinha medo.Pensou em ir armado, considerando que se nada houvesse, nada perdia, e um homem prevenido vale por dois. Logo depois rejeitava a ideia, com vergonha de si mesmo. Como já estava quase na hora de retornar ao trabalho, foi avisar o Milton que necessitava sair e era caso de vida ou morte. A secretária ouviu e já entendeu tudo... pois, os comentários já haviam se espalhado como areia em dia de vento.
     Quanto antes, melhor, pensou ele; tenho que me controlar... Entrou no seu Corsa cinza; cinza conforme estava sua vida e saiu sem rumo. Logo lhe veio a ideia de procurar a Irma, será que ela coloca as cartas também? Mas seria muito arriscado, certamente a vizinhança estaria de plantão e fariam comentários. Então lembrou do Dominguinhos do Centro de Umbanda, sentiu um certo arrepiu, ele parecia o Zé do Caixão. Estava a esta a altura em frente a Loja Silvana, dobrou a esquerda e seguiu pela Rua Almirante Tamandaré, parou na esquina do hospital com a farmácia e observou o Hotel. Lembrou da tal cartomante, que Isabel havia consultado, e nunca ele desejou tanto crer na lição das cartas. Estacionou em frente ao PC e desceu, decidido, mas do fundo das camadas morais emergiam alguns fantasmas de outro tempo, as velhas crenças, as supertições antigas. Entrou e pediu para falar com Madame Sofia. A voz de Joaquim sussurarrava-lhe na orelha: "Vem, já, já..." Ele sentia o drama e tremia. As pernas estavam bambas. Lembrou-se que realmente: " Há mais coisas no céu e na terra do que sonha a filosofia". Que perdia ele, se...?
    Subiu a escada, os degraus eram comidos dos pés, o corrimão pegajoso, pois a Madame atendia no segundo andar. Pensou em desistir da consulta, mas era tarde, a curiosidade fustigava-lhe o sangue. A cartomante  fê-lo sentar diante da mesa, e sentou-se do lado oposto, com as costas para a janela, de maneira que a pouca luz de fora batia em cheio no rosto de Manuel. Abriu uma gaveta e tirou um baralho de cartas compridas e enxovalhadas. Enquanto  as baralhava, rapidamente, olhava para ele  por baixo dos olhos.. Era uma cigana, morena e magra, com grandes olhos sonsos e agudos, vinda lá da serra. Colocou três cartas sobre a mesa, e disse-lhe:
     __ Vejamos primeiro o que lhe traz aqui. O senhor tem um grande susto...
     Manuel, maravilhado, fez um gesto afirmativo.
     __ E quer saber se lhe acontecerá alguma coisa ou não...
     __ A mim e a ela, explicou ele.
     A cartomante ficou séria. Rápido pegou outra vez das cartas e baralhou-as, transpôs os maços, uma, duas, três vezes; depois começou a estendê-las. Manuel tinha os olhos nela, curioso e ansioso.
    __ As cartas dizem-me...
    Manuel inclinou-se para beber uma a uma as palavras. Então ela declarou-lhe que não tivesse medo de nada. Nada aconteceria nem a um nem a outro, e ainda, o terceiro ignorava tudo. Mesmo assim, era indispensável muita cautela, pois ferviam invejas e despeitos.Falhou-lhe do amor  que os ligava, da beleza da amada.... Manuel estava deslumbrado. A cartomante acabou, recolheu as cartas e fechou-as na gaveta.
    __ A senhora restituiu-me a paz ao espírito, disse ele estendendo a mão por cima da mesa e apertando a da cartomante.
    __Esta levantou-se, rindo.
    __ Vá, disse ela; vá , ragazzo innamorato...
    E de pé, com o dedo indicador, tocou-lhe a testa . Manuel estremeceu.
    Manuel, ansioso por sair, não sabia como pagasse; ignorava o preço.
    __ Quanto custa?
    __ Pergunte ao seu coração, respondeu ela.
    __ Manuel tirou duas notas de cem reais e deu-lha. Os olhos da cartomante fuzilaram. O preço usual era de cinquenta reais.
    __ vejo bem que o senhor gosta muito dela... E faz bem; ela gosta muito do senhor. Vá, vá tranquilo.
    Tudo lhe parecia melhor, sentia-se aliviado. Chegou a rir dos seus receios. Quanta bobagem havia pensado. Onde havia ameaça num simples bilhete? Lembrou-se que era urgente e que fizera mal em demorar tanto; podia ser algo grave, gravíssimo.
    Entrou no carro, pensou em algo para explicar a demora ao amigo e aproveitaria a oportunidade para frequentar novamente a casa do amigo... Lembrou-se das palavras da cartomante. Ela adivinhara o objeto da consulta, o estado dele, enfim tudo... O presente que se ignora vale o futuro. Assim lentas e contínuas as velhas crenças retornavam, tais eram os elemento recentes, que formavam, com os antigos, uma fé nova e vivaz.
   A verdade é que o coração ía alegre e impaciente, pensando nas horas felizes de outrora e nas que haviam de vir. Ao passar pelo mercado do Zanoni comprou um lanche, pois estava varado de fome, comeu e sentiu-se confortável.
   Daí a pouco chegou a casa de Joaquim. Desceu, abriu o portão e entrou. A casa estava silenciosa. Mal teve tempo de apertar a campanhia, a porta abriu-se, e apareceu Joaquim.
   __ Desculpa, não pude vir mais cedo; que há?
   Joaquim não lhe respondeu; tinha um olhar sério; fez-lhe sinal, e foram para a sala . Entrando, Manuel não pode sufocar um grito de terror: ao fundo Isabel estava morta e ensanguentada. Joaquim pegou-o pela gola, e com dois tiros de revólver estirou o morto no chão.
   __ O barulho dos tiros chamou a atenção dos vizinhos e foi uma confusão... os comentários permanecem até hoje.  Joaquim está preso, e os amantes foram enterrados no cemitério de Mostardas.

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